WELLINGTON FAGUNDES E A INCÓGNITA: Amnésia Constante, episódica, temporária ou permanente?




O Senador Wellington Fagundes (PR) discursou na Comissão Especial de Obras Inacabadas do Senado .onde alertou sobre o risco de paralisação das obras do novo Pronto Socorro de Cuiabá.
As obras que estão sendo realizadas por meio de um convênio da Prefeitura com o Governo do Estado, segundo o senador, estão praticamente paradas desde o ano passado. Segundo Fagundes, no final da gestão do prefeito Mauro Mendes (PSB), que tinha apoio do Governo, a construção chegou a ter 700 funcionários e o ritmo teve que ser reduzido a 20 trabalhadores na atual gestão do Prefeito Emanuel Pinheiro.
O Senador frisou que a situação é “angustiante” especialmente porque o atual Pronto Socorro, na região central de Cuiabá, enfrenta uma exaustão, "lá, há pessoas, nas macas, nos corredores, parecendo um campo de guerra."

Wellington Fagundes faz parte do grupo político de Silval Barbosa, Carlos Bezerra e José Riva, grupo esse que esteve a frente do Governo do Estado durante 12 anos, de onde saíram somente a 2 anos.
É de se estranhar que o Senador não tenha percebido durante o tempo em que reinavam, mandavam e aprontavam no governo, que a situação do pronto Socorro de Cuiabá não era diferente, com pessoas nas macas, corredores e até mesmo do lado de fora.
No discurso de Fagundes na Comissão do Senado, chamou a atenção quando ele disse que o fato de Mato Grosso ter sido uma das sedes da Copa do Mundo, havia “esperança que ficasse um grande legado para a população mato-grossense”. Pois bem, deve se lembrar ao Nobre Senador que ficou sim um grande legado para a nossa população, legado que ele e todo o Governo que ele fazia parte deixaram, tais como: Nenhuma obra concluída, Mobilidade Urbana destruída, Vagões do VLT enferrujados, Trilhos que não trilharam, Viadutos comprometidos e embargados, subfaturamento em todas as obras incluindo a Arena Pantanal, prisão do Chefão da Organização Silval Barbosa, bem como a prisão de 15 ex-secretários do grupo "Silval - Wellington Fagundes".

Concluindo seu discurso, Fagundes fala que a sociedade está cobrando porque as pessoas estão morrendo por falta de decisão política. Já imaginou o que aconteceu com as pessoas nas decisões que o seu grupo político tomou nos 12 anos em que o Estado foi tomado de assalto, Senador?

Mas, quem é Wellington? 


Wellington Fagundes foi personagem de um livro escrito pelo Jornalista Chico de Gois, repórter da Sucursal do jornal O Globo em Brasília, intitulado: "Os ben$ que os políticos fazem" onde descreve o Senador Mato Grossense como um "midas em certos negócios". Na história, um político que aumentou muito o seu patrimônio, sempre sob desconfiança de irregularidades. Nas 16 páginas que tratam de Fagundes, em um trecho o Jornalista descreve como "Muito Expressivo" o crescimento financeiro do Parlamentar na declaração de bens apresentada por ele a Justiça eleitoral nas campanhas de 2006 e 2010, saltando em 4 anos de 681 mil para 7 milhões e duzentos mil, o que corresponde a um acréscimo de 958%. Segundo o livro, em 4 anos Wellington adquiriu 4.802 cabeças de gado que somaram a importância de 3 milhões e trezentos mil reais, além de em 2010 passar a ter dinheiro em conta corrente, o que antes não tinha ou não era informado. 
No livro o jornalista enumera empresas tais como hotéis, emissoras de Rádio e Tv entre outras, registradas em nome dos filhos, de um sobrinho e da esposa do congressista.
   
O portal de notícias UOL publicou no dia 13 de Julho do ano passado um balanço que aponta o senador por Mato Grosso, Wellington Fagundes (PR) entre os políticos escolhidos como líderes de bancadas no Congresso (21 dos 39) que possuem ocorrências judiciais, incluindo condenações, processos em andamento e inquéritos. De acordo com o portal UOL, o senador Wellington Fagundes é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal que apuram crime de corrupção ativa, passiva, peculato e lavagem de dinheiro ou ocultação de bens. É também alvo de ação civil pública no TRF-1, de setembro de 2015, por uso de placas de obras pública em promoção pessoal. 

A revista VEJA divulgou matéria em 2014 citando Wellington como alvo de inquérito que apura peculato. O caso corre sob sigilo.

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