Procurador Paulo Prado diz que Advogado fez de tudo para soltar Silval. Só faltou pedir para o Papa canonizá-lo

O procurador geral de Justiça, Paulo Prado, afirmou que os advogados Valber Melo e Ulisses Rabaneda, que fazem parte da banca de defesa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), fizeram de tudo para liberá-lo da cadeia, “só faltou pedir para o Papa Francisco abençoá-lo e canonizá-lo”. A declaração foi feita pelo chefe do Ministério Público Estadual, nesta quinta-feira (23), em entrevista à Rádio Capital, 101.9 FM.

O advogado Valber Melo tenta liberar o cliente da cadeia, o ex-governador Silval Barbosa.


Segundo Prado, como a defesa, há mais de um ano vem tentando a soltura, mas ainda não conseguiu êxito, agora parte para tentar anular a operação alegando mínimas falhas procedimentais. E também tentando desacreditar a decisão da juíza Selma Rosane de Arruda da 7ª Vara Criminal de Cuiabá (Vara contra o Crime Organizado).

“O advogado já tentou, há mais de 1 ano, todas as medidas possíveis e impossíveis para tentar soltar o seu cliente. Já entrou com mais de três Habeas Corpus. Agora qual que é a saída dele? Tentar anular o processo no devido processo legal, ou usando das artimanhas de desacreditar e fragilizar a decisão da magistrada”, afirmou.

Um dos argumentos da defesa é, por exemplo, a inquirição de investigados, sem a presença de um advogado, situação que teria ferido o direito à ampla defesa. Contudo, Prado garante que a ação criminal garantiu esse direito sim. Ele explica que o procedimento começou com uma delação na Delegacia de Polícia e depois a juíza tinha que ouvir parecer do MP para que pudesse homologar a delação.

“Os advogados depois ofereceram defesa prévia, participaram de várias audiências, estiveram juntos. Não se exerceu ampla defesa aí? O que que falta agora é pedir para o papa abençoar e canonizar esta pessoa? (...) Aonde que está a irregularidade minha gente?”, questionou Prado.

Prado observa que a existência do crime e do rombo de R$ 83 milhões aos cofres do Estado de Mato Grosso é irrefutável. Ele observa também que “o dano monstruoso ao erário repercute até hoje na Saúde Pública com fechando de hospitais e OSS, com duodécimos atrasados, com escolas sem recursos”. “Houve ou não houve roubo de milhões dos cofres do Estado de Mato Grosso? Houve ou não houve um dano monstruoso ao erário público?”, questionou.

Ainda indignado, Prado garantiu que a juíza Selma exerceu papel imparcial. Ele evidenciou ainda que não existe Justiça mais bondosa que a brasileira. “Existe alguma Justiça mais bondosa que a brasileira? E aquele país que o camarada não pode entrar com droga que ele recebe pena de morte... Nos Estados Unidos, país que é o pai dos Direitos Humanos, vai você dirigir embriagado... você vai para o xadrez!”, ponderou.

Fonte: Hiper Notícias.

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