SUPOSTA PRÁTICA DE NEPOTISMO CRUZADO EM NOMEAÇÕES DE EMANUEL PINHEIRO E JUSTINO MALHEIROS É INVESTIGADO PELO MPE




Foi instaurado um inquérito civil pelo Ministério Público Estadual (MPE) para apurar suposta prática de nepotismo cruzado por parte do prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro e do presidente da Câmara Municipal, Justino Malheiros.

O Promotor de Justiça Roberto Aparecido Turin, da 13ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, abriu investigação no último dia 13.

Os alvos da investigação são as nomeações de Bárbara Helena de Noronha Pinheiro, Cunhada de Emanuel Pinheiro na Câmara de Vereadores, e a de Júlio Malheiros, irmão do Presidente Justino no Palácio Alencastro.

O Promotor instaurou o inquérito e determinou que a Câmara e a Prefeitura sejam notificadas, além de requerer cópia de todo o processo da nomeação e posse de Barbara e de Júlio Malheiros.

Foi requisitado ainda por Turin, cópias das declarações de não parentesco de Barbara e Júlio, assim como as declarações e demais documentos que comprovem a habilitação de cada um deles para os cargos que foram nomeados.

Barbara Helena de Noronha Pinheiro, [Cunhada do Prefeito] ficou conhecida na última campanha em denúncia feita por Wilson Santos quando ela confessou o recebimento de R$ 4 milhões da empresa Caramuru Alimentos S.A., logo após a empresa ser beneficiada irregularmente com a concessão de incentivos fiscais em Mato Grosso, a partir de agosto de 2014. Barbara assessorava exatamente a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal, que investigava as concessões de incentivos fiscais.

Na gravação que foi encaminhada para investigação da Delegacia Fazendária, a cunhada de Emanuel Pinheiro contou que trabalhava na Assembleia e recebia R$ 13 mil mensais, depois que suas empresas começaram a ter problemas. Durante o diálogo com Wilson Santos, a cunhada de Emanuel Pinheiro chegou a dizer textualmente que temia pela descoberta dos seus recebimentos, já que, segundo ela, sobraria escândalo para todo mundo, incluindo Emanuel Pinheiro, na época ainda candidato.

O outro parente de Emanuel que trabalhava na Assembleia Legislativa, como técnico legislativo de nível médio, era Marco Antonio de Freitas Pinheiro, conhecido como Tatá. Tatá recebeu no mês de setembro de 2016, segundo informado no Portal Transparência da Assembleia, R$ 13.330,40 brutos de salário mensal.
Tatá já foi sócio do irmão Popó, marido de Barbara, na empresa MM Factoring Fomento Comercial LTDA até o ano de 2009, quando transferiu suas cotas na empresa para a cunhada Barbara Helena de Noronha Pinheiro.

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