Médico chorão é empresário que faturou mais de R$ 3 milhões no HR de Sorriso

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Médico chorou porque seus serviços tiveram uma redução e a sua empresa tivera uma queda na receita.

O médico Roberto Satoshi Yoshida que é funcionário público concursado do estado de Mato Grosso desde o ano de 2004, ganhou a mídia nacional na última semana, quando caiu em prantos ao acusar a falta de condições de trabalho e material no Hospital Regional de Sorriso.

Roberto Yoshida, disse que o hospital fecharia as portas por causa do atraso nos repasses, que a unidade já não tinha mais como alimentar os pacientes, que faltavam gás de cozinha e até o medicinal.

O médico que denunciou o suposto abandono do hospital, tem vínculo efetivo com a secretaria estadual de saúde em regime estatutário e deve cumprir jornada de 40 horas semanais, recebendo por isso, algo em torno de R$ 14,8 mil brutos, mais R$ 16 mil por seu contrato como diretor técnico. Com quase R$ 30 mil mensais de salário, Yoshida ainda recebia do estado pagamentos mensais pela contratação da sua empresa de prestação de serviços, a Roberto Satochi & Cia Ltda. Sendo que nos últimos três anos o médico empresário recebeu do governo estadual mais de R$ 3 milhões.

Só no ano passado a empresa do médico levou dos cofres públicos R$ 904.714,00, como forma de pagamento de fornecedor de produtos/serviços ao hospital.

Em 2015, a empresa do médico faturou quase R$ 2 milhões os serviços já pagos no ano de 2017, já ultrapassam a casa do meio milhão de Reais.

Segundo uma fonte da reportagem, há algum tempo o médico já vinha reclamando do governo estadual, que promoveu reajustes e com isso os seus serviços tiveram uma redução e a sua empresa tivera uma queda na receita.

IRREGULAR

O contrato entre o Hospital Regional de Sorriso e a empresa da qual o médico é sócio, é para a prestação de serviços de “cirurgia geral em casos de emergência, urgência, procedimentos eletivos, ambulatórios, procedimentos cirúrgicos, pareceres, avaliações e assistência aos pacientes internados.

A SES informou que por causa do seu vínculo de 40 horas semanais, com o exercício da função de diretor técnico e também como prestador de serviço, irá investigar se Yoshida estaria vivendo uma situação irregular, por conta da sua carga horária a ser cumprida. Ainda conforme a SES, na estrutura do hospital não existe oficialmente o cargo de diretor técnico.

Na última quarta-feira (24), técnicos da SES foram ao município de Sorriso para colocar em prática um plano de trabalho e também para acompanhar a transição da nova diretoria.

Segundo a assessoria de comunicação da SES, os técnicos da secretaria comprovaram não ter havido em nenhum momento falta de alimentos, bem como não ter havido por parte dos mercados fornecedores a suspenção das vendas ou entregas. Um servidor do hospital, inclusive, concedeu entrevista à Rádio Sorriso dizendo que achava que a estratégia usada era para pressionar o governo a regularizar os repasses pendentes. Sobre a entrega dos gases medicinais, a secretária-adjunta de Serviços de Saúde, Inês Sukert, disse que a situação estava sob controle e que a empresa fornecedora só não havia entregue na terça-feira o produto por problemas de logística, mas que a entrega já foi feita.


Fonte: Agoramt

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